A oposição da Venezuela, agrupada na Plataforma Unitária, denunciou nesta segunda-feira (24) “um ressurgimento da censura” exercida pelo governo do país, devido ao fechamento de pelo menos 46 estações de rádio nos últimos quatro meses — fato que tem sido repudiado por grupos de jornalistas.
A aliança de partidos condenou, em um comunicado, “o fechamento em massa de emissoras de rádio nos últimos quatro meses devido às medidas tomadas pelo regime de [presidente] Nicolás Maduro”, que, assegurou, violam o direito à informação e ao entretenimento.
Por esse motivo, a plataforma pediu à comunidade internacional que rejeitasse essas ações para “adicionar sua voz” em favor dos meios de comunicação independentes.
“A liberdade de expressão continua sendo violada todos os dias pelo Estado, e isso se soma às violações de direitos humanos que continuam impunes”, acrescentou.
De acordo com relatórios do SNTP (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa), a Conatel (Comissão Nacional de Telecomunicações) fechou na semana passada 15 emissoras em Sucre, no nordeste do país, e em Táchira e Zulia, regiões fronteiriças com a Colômbia.
Antes dessa contagem, o CNP (Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela) havia informado que o órgão regulador havia fechado 46 emissoras de rádio entre julho e as duas primeiras semanas de outubro.
Fontes do SNTP disseram à Agência EFE no domingo (23) que estão trabalhando para verificar esses relatórios, a fim de evitar duplicação e oferecer um balanço consolidado e detalhado dos casos nos próximos dias.
R7, 24/10/2022