
Uma referência ao termo “meninas”, feita por Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco da Igreja Católica Romana, a um grupo de homens transexuais acolhidos pelo trabalho social de uma freira na Argentina, causou grande repercussão nas mídias religiosas pelo mundo.
“Querida Mônica, Deus, que não foi ao seminário nem estudou teologia, te recompensará abundantemente. Eu oro por você e suas meninas”, afirmou o pontífice, se referindo aos homens trans pelo gênero feminino “meninas”.
A declaração do Papa foi vista como um endosso à ideologia de gênero, a qual prega que pessoas podem se enxergar como tendo o sexo psicológico diferente do biológico. Um dos maiores sites conservadores católicos do mundo, o Life Site News, criticou o líder do Vaticano.
“No ano passado, o cardeal Raymond Burke e o bispo Athanasius Schneider, junto com outros prelados, emitiram uma declaração pública das verdades da fé, onde chamaram de rebelião e ‘pecado grave’ para um homem ‘tentar se tornar uma mulher’”, diz o site.
Aparentemente, a crítica não se deu em face ao acolhimento aos transexuais em condição de vulnerabilidade, mas sim por causa da conotação favorável do Papa em relação à ideologia de gênero.
Por fim, Francisco ainda finalizou em sua mensagem à freira: “Não se esqueça de rezar por mim. Que Jesus te abençoe (sic) e que a Virgem Santa cuide de você”.
Fonte: Gospel + / Tiago Chagas / Voz da Bahia, (24/08/2020)