
Nos próximos dias, o Brasil sedia a Copa América ao passo que o país entra no período sazonal mais propício para agravamentos de doenças respiratórias, como é o caso da covid-19. A ameaça pela confirmação dos primeiros casos da variante indiana em território nacional provoca ainda mais preocupação em relação a uma terceira onda de infecções. O enredo é motivo de uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para voltar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, na terça-feira (8). O gestor da pasta mais importante do enfrentamento à pandemia adiantou, em entrevista exclusiva ao Correio, ontem, os principais assuntos que devem pautar a sessão.
Em relação à Copa América, Queiroga entente que “a exigência da vacinação não é uma obrigação” para os que estão envolvidos diretamente no evento esportivo. A afirmação vai na contramão do que informou o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. Para justificar a dispensa da vacina, Queiroga lembrou que os campeonatos nacionais já estão acontecendo no país. Leia a entrevista do ministro ao CB.Poder, programa realizado pelo Correio em parceria com a TV Brasília.
Especialistas dizem que vem aí uma terceira onda da covid-19. O que está sendo feito para combater essa ameaça, com o número de mortes ainda muito alto?
O número de óbitos está elevado e isso decorre da gravidade da doença. Isso não é só no Brasil, vale salientar. Essa doença pressionou fortemente sistemas de saúde muito mais organizados, como o sistema de saúde da Inglaterra, dos Estados Unidos, da Itália, da Espanha. Então, a gente precisa em primeiro lugar avançar a campanha de vacinação, em segundo lugar avançar a campanha de vacinação, e em terceiro avançar a campanha de vacinação. Em quarto lugar, insistir nas medidas não farmacológicas e, em quinto adotar, uma política de testagem que seja mais eficiente e já estamos fazendo isso. A expectativa é que testemos até 20 milhões de brasileiros todos os meses. Com esse tripé (vacinação, uso de medidas não farmacológicas e testes), vamos tentar diminuir a circulação do vírus.
Fonte: Correio Braziliense, 05/06/2021