
Os professores da rede pública estadual de ensino protestaram na Assembléia Legislativa da Bahia na manhã dessa segunda-feira, 11. A insatisfação dos educadores já vem se protelando há alguns meses e recentemente ganhou novo capítulo com o envio do Projeto de Lei do Executivo que regulamenta o pagamento para a Casa legislativa da Bahia.
No documento, o governador Rui Costa atende a algumas demandas da classe, como o repasse de 60% de parcela dos recursos devidos pela União ao Estado da Bahia, que são os precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef). Mas a categoria conteste e pede o pagamento com correção e juros.
“Estamos aqui lutando pelos nossos juros que o Governador não quer pagar. Esse projeto, ele fugiu à nossa recomendação. Então estamos aqui lutando por esses juros, que representa quase 55% do valor”, diz Marcos Perez, integrante da diretoria da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB).
O Projeto foi enviado com regime de urgência para votação. Mas no Diário Oficial dessa segunda, 11, foram publicadas sugestões de emendas do deputado Hilton Coelho (Psol). “Estão cogitando sessão amanhã. Não vai ter votação se os professores não acietarem”, cravou o parlamentar.
O tema é de âmbito nacional. No Ceará os professores indicaram paralisação a partir do dia 27/09. Na Bahia, os educadores estão em paralisação hoje e amanhã, 13. “O Governo precisa atender as reivindicações dos trabalhadores. Não tem legislação diferente. Pernambuco é um estado, pagou precatório com juros e correção monetária.
Por que a Bahia quer fazer diferente? Não dá pra acreditar nisso! Precisamos intensificar a luta! E se vocês puderem discutir, nós acatamos dois dias de paralisação”, disse o Rui Oliveira, 1º Secretario do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia.
De acordo com a APLB, trabalhadores em educação do interior também estão presentes na manifestação.Uma parte do grupo permaneceu na entrada da Alba, enquanto outra parte se instalou no Auditório Paulo Jackson para discutir e esclarecer os anseios da classe ali representada.
Fonte: Atarde, 12/09/2022