Vacina desenvolvida na Russia não tem solicitação de registro no Brasil, diz Anvisa

A vacina desenvolvida no laboratório russo não tem solicitação de registro no Brasil, segundo informações, divulgadas nesta terça-feira (11), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda conforme o anúncio, nenhuma entidade solicitou parceria em relação a vacina no país.
Por causa da situação atual, a Anvisa não pode avaliar ou se pronunciar em relação a eficácia do produto. Vale lembrar que a fiscalização dos dados oficiais só ocorre com a solicitação do laboratório farmacêutico.
A Anvisa é o órgão do governo que avalia os pedidos de registro e autorizações de estudos apresentados pelos laboratórios farmacêuticos que pretendem colocar no mercado brasileiro seus medicamentos e vacinas.
Pandemia
Durante a pandemia, os medicamentos que combatem o coronavírus passam por protocolos de aprovação mais rápidos e podem ser avaliados em até 72h. Entretanto, para ser aprovado o registro de uma vacina, é necessário o cumprimento de três fases dos ensaios clínicos. Confira abaixo:
Fase 1: desenvolvimento exploratório;
Fase 2: pesquisa pré-clínica;
Fase 3: pesquisa clínica (uso em humanos)
Primeira vacina contra a Covid-19
A Rússia é o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a Covid-19, segundo o presidente russo, Vladimir Putin. Entretanto, ainda não há eficácia uma quantidade de informações suficientes sobre a eficácia da vacina, que tem sido questionada por especialistas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma página internet na qual mostra em que estágio de desenvolvimento estão as pesquisas de vacinas ao redor do mundo. A última atualização dessa informação foi feita em 31 de julho.
Nela, consta que a vacina russa do Instituto Gamelaya está na fase 1 do processo – seria necessário observar três fases completas para começar a vacinar em massa.
Mais de 100 vacinas estão desenvolvidas em todo o mundo, e pelo menos 4 delas estão na fase 3, a final, de acordo com a OMS.
Fonte: 11/08/2020).