Além disso, o time merengue dificilmente vai facilitar uma possível negociação, pois o craque é figura-chave em um elenco envelhecido e em processo de renovação. Há ainda os compromissos com patrocinadores que envolvem os principais atletas do elenco.
Inconformado com o tratamento que vem recebendo na LaLiga após os episódios recorrentes de discriminação racial em vários estádios, de distintas cidades espanholas, Vini Jr. levantou a possibilidade de deixar o clube.
“Hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, publicou após as ofensas no estádio Mestalla, em Valência, no último domingo.
Revelado nas categorias de base do Flamengo, Vini está no Real desde 2018 e já soma 59 gols e 64 assistências em 224 partidas. Autor do gol do título do Real Madrid na Liga dos Campeões de 2021/2022 e um dos grandes destaques na temporada atual – não é exagero dizer que ele se tornou a principal referência ofensiva, superando Benzema -, Vini já desponta como um dos candidatos ao posto de melhor jogador do mundo nas premiações. Na atual temporada, ele é o vice-artilheiro do time (23 gols, contra 29 de Karim Benzema).
Jornalistas espanhóis avaliam que Vini Jr. é figura central do Real Madrid nas próximas temporadas, principalmente em função do declínio técnico de Benzema e das prováveis aposentadorias de Modric e Kroos. Após o episódio de domingo, o técnico Carlo Ancelotti disse que Vini é um dos melhores jogadores do mundo.
Prova disso foi a conversa que o presidente do Real, Florentino Pérez, teve com o brasileiro para acalmá-lo e dizer que o clube fará tudo ao seu alcance para protegê-lo. Vini sabe que o Real Madrid demorou para defendê-lo. A vontade de Vini de deixar a Espanha depende de muitos outros fatores, inclusive do próprio Real.