A suspeita de matar o engenheiro Marcello Marcos Gomes da Silva, 58 anos, na Pituba, em abril, foi presa nesta quinta-feira (12), informou a Polícia Civil. A presa era mulher do engenheiro e foi localizada no bairro de Ondina por equipes da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).
Marcello foi morto a facadas dentro do apartamento em que morava, no Parque Júlio César, na Pituba, no fim do mês passado. Durante a investigação, a Polícia Civil conseguiu localizar o esconderijo da suspeita.
“Os investigadores do DHPP trabalharam intensamente para localizar a suspeita do crime. Realizamos, inclusive, campanas que possibilitaram a prisão”, diz a delegada Pilly Dantas.
O trabalho de campana foi importante, pois com a informação de onde a suspeita estava, os policiais conseguiram escolher o melhor momento para prendê-la, minimizando risco de fuga.
A mulher foi conduzida à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, onde será ouvida. A Polícia Civil não divulgou o que teria motivado o crime.
Crime
Marcello foi golpeado oito vezes enquanto dormia no apartamento 1804 do Edifício Márcio. A faca usada no crime estava escondido atrás do vaso sanitário do apartamento.
“A mãe encontrou o corpo, depois de ligar para ele e para a mulher. Como os dois não atendiam e nem respondiam às mensagens, ela foi até o apartamento e lá encontrou o corpo com oito perfurações. Ela chamou a polícia, que localizou a faca no banheiro, atrás do vaso sanitário”, contou um parente de Marcello, no cemitério Campo Santo, na Federação, no dia do enterro.
Marcello era casado havia mais de dez anos com a esposa, identificada como Ruth, com quem teve um filho de oito anos. Quando o corpo foi encontrado, ela já não estava mais no apartamento, tendo sido vista saindo do local com a criança. Na época do crime, o parente disse que preferia esperar o trabalho de investigação antes de comentar sobre suspeitas.
“A gente está aguardando o posicionamento da polícia, mas o que se sabe é que a esposa saiu às 8h de ontem. Deu ‘bom dia’ ao porteiro e foi com o filho. Até agora ninguém sabe o paradeiro dela”, declarou.
Moradores relataram que o casal estava brigado, versão confirmada pela família. “O casamento estava conturbado, mas não sabemos o motivo do abalo. Ele era uma pessoa tranquila, tinha o estilo muito erudita. Ouvia jazz, não bebia, gostava ler, cinema, nunca foi de demonstrar ciúmes e vivia pensando no futuro do filho”, acrescentou o familiar.
Fonte: Correio/BA, 12/05/2022