
A Câmara dos Deputados instalou três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) nesta quarta-feira (17). Na prática, os três colegiados que vão apurar invasões do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); manipulações em jogos de futebol; e inconsistências no balanço das Americanas já podem iniciar os trabalhos.
A primeira CPI instalada foi a do MST. Na reunião, os membros elegeram o deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) como presidente do colegiado. Ele indicou Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro, para ocupar a relatoria.
Pouco depois, foi a vez da abertura dos trabalhos da comissão que apura a manipulação de resultados em partidas de futebol. Foi eleito o deputado Julio Arcoverde (PP-PI) para a presidência. Felipe Carreras (PSB-PE) será o relator.
Ainda pela tarde, os deputados instalaram a CPI das Americanas. No primeiro encontro, elegeram Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) para a presidência. O relator será Carlos Chiodini (MDB-SC).
As três comissões, segundo o regimento da Câmara, terão prazo de 120 dias, prorrogável por até metade, para conclusão de seus trabalhos.
CPI dos Atos Golpistas
Com o foco voltado para as CPIs da Câmara, as lideranças partidárias desaceleraram, nos últimos dias, o ritmo e a pressão para a CPI dos Atos Golpistas. Em ritmo lento de indicações, o colegiado, vinculado ao Congresso, perdeu fôlego.
“A CPMI do 8 de Janeiro atingiu o quórum necessário para ser instalada. Falei há pouco com o senador Rodrigo Pacheco e fui informado que a instalação do colegiado acontecerá na próxima terça-feira, 23/05”, disse.
A comissão foi criada há quase um mês em meio a pressões de deputados e senadores contrários ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O início dos trabalhos depende das indicações de membros feitas pelos líderes partidários do Congresso. A comissão terá 16 deputados e 16 senadores titulares.
Eles pertencem aos dois maiores blocos da Casa — União Brasil, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Patriota e PSDB-Cidadania; e MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC.
G1, 17/05/2023