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Especialistas alertam sobre Vitamina D e riscos do bronzeamento artificial; ‘Dezembro Laranja’

Embora a exposição ao sol seja fundamental para a síntese de vitamina D, a falta de cuidados com a proteção da pele e práticas como o uso de bronzeamento artificial elevam consideravelmente o risco de desenvolver câncer de pele. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, a doença corresponde a cerca de 33% de todos os casos de câncer diagnosticados no país.

De acordo com a Dermatologista Louise Chateaubriand, do Hospital Mater Dei EMEC de Feira de Santana, “a exposição solar moderada e protegida é importante para a produção de vitamina D, que auxilia na saúde óssea e imunológica. No entanto, a falta de proteção pode causar danos cumulativos, como envelhecimento precoce e câncer de pele”, alerta.

A médica reforça que o bronzeamento artificial, classificado como cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é um dos principais fatores de risco para o melanoma. “O uso de câmaras de bronzeamento antes dos 35 anos aumenta em 75% a chance de desenvolver a forma mais agressiva de câncer de pele”, explica.

A biomédica esteta especialista em pele preta, Jéssica Magalhães, reforça que o bronzeamento artificial, pode trazer sérios riscos à saúde. “A exposição à radiação ultravioleta emitida pelas câmaras de bronzeamento acelera o envelhecimento da pele, aumenta o risco de manchas e pode até desencadear câncer de pele, mesmo em pessoas com tons mais escuros, que possuem maior proteção natural”, alerta.

Jéssica também destaca que pele negra possui características únicas que a tornam mais resistente a certos fatores, mas ainda exige cuidados específicos para manter sua saúde e beleza. “Embora a pele negra seja mais resistente, ela não é imune aos danos causados pela radiação UV. É importante optar por alternativas seguras e saudáveis para realçar a beleza da pele, como tratamentos específicos e uso adequado de dermocosméticos”, disse a biomédica.

Para aqueles que anseiam por uma pele bronzeada sem correr riscos, existe um autobronzeador que, ao ser aplicado na pele, reage com a epiderme e cria um pigmento artificial, proporcionando a impressão de bronzeado. Contudo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB) destaca que não há maneira segura de realizar o bronzeamento artificial. “Este procedimento é ilegal e apresenta riscos à saúde”, afirma o dermatologista Sergio Palma, presidente da SDB.

Profissionais da saúde ressaltam que a prevenção é a melhor forma de evitar o câncer de pele. O uso diário de protetor solar, roupas que oferecem proteção UV, chapéus e óculos escuros, além de evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, são ações essenciais. Consultas regulares ao dermatologista também são cruciais para detectar lesões suspeitas.

 

 

 

 

 

 

BNews, 08/12/2024

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