A ex-primeira-dama do estado da Paraíba, Pâmela Bório, está cobrando do ex-marido e ex-governador Ricardo Coutinho, o pagamento da pensão alimentícia do filho que os dois têm. Pâmela afirma que, há pelo menos oito meses, Coutinho não paga a verba obrigatória.
Segundo o site Metrópoles, a ex-primeira-dama contou que o processo sobre a guarda da criança ainda está sob análise judicial, mesmo após a prisão do pai. Coutinho foi preso em dezembro do ano passado, no âmbito da sétima fase da Operação Calvário, denominada Juízo Final, para apurar desvios de R$ 134,2 milhões em verbas da Saúde e da Educação do estado.
Desde então a jornalista vem tentando a guarda definitiva. Ela está com a criança em guarda provisória desde que Ricardo foi preso. Antes, o genitor pagava escola, no valor de R$2.500, e outras despesas, segundo a ex. Porém, desde que a jornalista ganhou a guarda unilateral do filho, após sua prisão, Pâmela afirma que Ricardo não paga nada.
“Ele pagava, até o ano passado, a escola, um curso, o cartão de saúde vinculado ao governo, o condomínio e a energia. Mas desde dezembro não”, assegura ela. Bório acrescentou ainda que, sozinha, não têm conseguido arcar com tudo.
Ao Metrópoles, ela afirmou que só conseguiu pagar sozinha três parcelas, e que vem acumulando dívidas por conta disso. Ainda segundo ela, até setembro de 2019, a guarda era compartilhada, mas só no papel. Na prática, só lhe era permitido visitar o menino às terças-feiras e quintas-feiras, com dois pernoites por mês.
O casal está divorciado de forma oficial desde março de 2015. Pâmela garante que, desde então, vem sofrendo retaliações por parte do ex- marido. “Em setembro, ele conseguiu me condenar por alienação parental, mesma estratégia dos pedófilos e abusadores que, quando as mães os denunciam, eles alegam ser mentira e perseguição. No papel, a guarda ficou unilateral para ele. Mas, em dezembro, com a prisão, me entregaram meu filho em guarda unilateral provisória”, explicou.
Ainda de acordo com a ex-primeira-dama, Coutinho ainda teria plenas condições de arcar com seus compromissos como pai, mesmo com seus bens bloqueados pela PF. O ex-governador estaria presente na folha salarial do Partido Socialista Brasileiro (PSB) com remuneração acima de R$ 20.000 (vinte mil reais).
A advogada de Coutinho enviou uma nota à imprensa após o caso ter sido divulgado por Pâmela. Confira na íntegra:
“Inicialmente, venho informar que o processo de alimentos a que cita a Sra. Pâmela Bório corre em segredo de justiça, motivo pelo qual todas as providências serão devidamente tomadas pelas informações sigilosas apresentadas à mídia. Cumpre, nesse sentido informar, até para aclarar os fatos trazidos de forma desonesta e caluniosa pela Sra. Pâmela Bório, que quem sempre sustentou o filho menor foi o genitor, pagando, inclusive, despesas do apartamento, como condomínio e energia, onde mora a genitora. Quando falamos em TODAS AS DESPESAS, falamos em educação, saúde, lazer, esporte, vestuário, alimentação, transporte e moradia, sem que tenha havido atraso em qualquer pagamento. Vale ressaltar que, em novembro de 2019, o genitor efetuou o pagamento referente aos seis primeiros meses do ano letivo de 2020, inclusive tendo adquirido todo o material escolar e fardamento do menor. Essa pessoa que só sabe caluniar Ricardo Coutinho não permitiu que o filho frequentasse essa escola e matriculou-o em outra escola onde não pagou as mensalidades visto que nunca arcou com nada para o filho.
Diante dos esclarecimentos aqui expostos, todos pautados na verdade e na lealdade processual, vem informar que todo o esforço e luta despendido pelo Sr. Ricardo Coutinho continuarão a ser desempenhados com ética e dedicação.
Fonte: BNews, (15/08/2020)
Fonte: BNews, 15/08/2020