
O superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Fontes, confirmou, nesta segunda-feira, 23, que o traficante Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.
”Colômbia” foi solto depois de pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro, mas continua preso desde dezembro, depois de ter a prisão decretada pela Justiça Federal após ele ter descumprido condições na concessão de sua liberdade provisória.
“Não tenho dúvida que o mandante foi o ‘Colômbia’. Temos provas que ele fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo”, disse Fontes ao g1.
“Foi encaminhado um relatório à Justiça Federal com mais seis indiciamentos. Tínhamos anteriormente três nomes. Identificamos o irmão do Amarildo, ele forneceu a arma de fogo para o Amarildo. Ele vai responder por participar do homicídio”.
Remarcação das audiências
Na última sexta-feira, 20, a Justiça Federal do Amazonas remarcou as primeiras audiências do processo que investiga os assassinatos do indigenista brasileiro e do jornalista britânico.
No processo, o Ministério Público Federal denunciou, pelo assassinato das vítimas, Amarildo da Costa Oliveira, conhecido por “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Dantos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”.
O crime
Bruno e Dom desapareceram enquanto faziam uma expedição para investigar crimes contra indígenas na Amazônia. Os dois foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. Depois seguiram para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
A polícia encontrou os restos mortais dos dois após Amarildo da Costa Oliveira confessar envolvimento nos assassinatos e indicar onde estavam os corpos.
Atarde, 23/01/2023



