Acusado de desmatar a Amazônia, o dono de uma fazenda em Colniza (MT) teve R$ 4,5 milhões em bens bloqueados pela Justiça. A informação foi divulgada pela Advocacia Geral da União (AGU). O fazendeiro é acusado de desmatamento, por destruir 204,8 hectares de floresta.
A ação civil pública faz parte da segunda fase de processos ajuizados pela Equipe da Força-Tarefa contra desmatadores da Amazônia Legal.
A infração ambiental foi descoberta em 2016 durante investigação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Rnováveis(Ibama), através de vistoria in loco e do monitoramento e comparação de imagens de satélites.
“O órgão identificou que houve, ao longo dos anos, o desmatamento de mata nativa Amazônica destinada à reserva legal dentro da propriedade rural do acusado”, relata o órgão federal responsável pela ação.
A Advocacia Geral da União destacou que, de 2016 até 2019, o desmatamento no local foi agravado pelo infrator, que terminou de degradar pequenos remanescentes de mata nativa ainda existentes.
Segundo o Ibama, durante uma ação de fiscalização, o próprio dono das terras confirmou a infração ambiental, tendo afirmando que não teria licença nem autorização para a retirada da vegetação. No entanto, mesmo após a multa de R$ 1 milhão ser aplicada e o Ibama ter embargado a área, o acusado continuou a devastar.
“O processo foi bem instruído, contém informações do processo administrativo do Ibama, relatórios de vistoria, imagens de satélites, inclusive, imagens atualizadas para demonstrar que o dano ainda persiste”, destaca o Procurador Federal, Fernando Walker da Silva Aguiar.
Fonte: Atarde, (30/09/2020)