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Na Alba, a renovação foi de 39%, e fica quase tudo como sempre

Dos 63 deputados estaduais baianos, seis (Capitão Alden-PL, Dal-UB, Diego Coronel -PSD, Leo Prates-PDT, Talita Oliveira – Republicanos e Tum -Avante) se candidataram a deputado federal. Os quatro primeiros se elegeram, os dois últimos perderam.

Outros seis (Alex Lima-PSB e Tom Araújo-UB, por problemas de saúde, Aderbal Caldas -PP e Jurandir Oliveira-PSB, por sentirem que está na hora de parar, Luis Augusto-PP porque não quis mais e Rogério Andrade Filho-PSD, que está devolvendo o mandato ao pai, Rogério Andrade, ex-prefeito de Santo Antonio de Jesus).

No frigir dos ovos, a Assembleia da Bahia terá a partir de fevereiro de 2023 exatamente 25 novos deputados, o equivalente a 39%, a mesma média de 2006, mas dentro da média geral que sempre oscila entre 38 e 40%.

Derrotados —Entre os derrotados alguns surpreenderam, como a deputada Fabíola Mansur (PSB). Ela teve 58.004 votos, mas o partido não ajudou. Nada menos que 23 outros candidatos estão eleitos com menos votos que ela, o menos votado deles, Pancadinha (SD), com 27.338, menos da metade.

Marcelino Galo e Jacó, ambos do PT, o primeiro no terceiro mandato e o segundo no primeiro, os dois mais à esquerda no partido. Marcelino, um dos poucos derrotados a dar a cara na Alba, disse que a vida é assim mesmo.

— Quem está na luta também está sujeito a isso.

E por que justamente você e Jacó, dois de esquerda?

— A esquerda sempre foi minoria. É isso aí.

Baixa remuneração e perigo assusta recenseadores do IBGE

Recenseadores do IBGE que trabalham em Salvador estão se queixando de dois fatos importantes:

1 — A baixa remuneração. Eles têm que fechar setores censitários de 200 domicílios em média. Se não fechar o mínimo de 95% de questionários respondidos, não recebe o dinheiro., que já é baixo, em média R$ 800. Por isso o Censo atrasou, muitos pularam fora.

2 — Manda a regra que o recenseador volte pelo menos quatro vezes no mesmo domicílio. Alguns deles já receberam “recados” em bairros periféricos: ‘Não volte mais aqui’.

O pior é que se o ciclo não for fechado eles simplesmente não recebem. Um deles contou que nunca o transporte é pago antes de ser usado, sempre depois.

— O IBGE não dialoga. E a gente se for embora, só recebe metade do que produziu.

Presidência já está em pauta

Mal acabou o primeiro turno e na Assembleia já se fala na disputa pela presidência da casa, em 2 de fevereiro. Claro que para se discutir o assunto é fundamental saber quem será o novo governador, mas mesmo assim nomes já correm.

Além do atual presidente, Adolfo Menezes (PSD), apto para a reeleição, a colega dele de partido, Ivana Bastos, a mais votada, é citada. E na oposição, o deputado Samuel Júnior (Republicanos).

Cleraldo Andrade, lá se vai um que marcou presença

A morte do ex-deputado Cleraldo Andrade, 83 anos, foi lembrada na Assembleia com uma moção de pesar e muitas palmas dos que com ele conviveram. De Ipiaú, onde também era cacauicultor, figura afável, de fino trato, era deputado estadual quando viu, 40 anos atrás, uma gigantesca tragédia em família: o tio, Clériston Andrade, franco favorito na disputa do governo, morreu num acidente em Caatiba.

— Foi triste, muito triste, tão triste que só de lembrar a tristeza vem com mais força.

Cleraldo foi deputado três mandatos e em 2016 fez sua última incursão eleitoral quando perdeu a eleição para a prefeita Graça Mendonça, que se solidarizou, com elogios.

REGISTROS

Ordem inversa

Nas urnas de 2022 colocaram em cena uma situação absolutamente atípica. Otto Alencar (PSD), senador eleito, teve quase 200 mil votos a mais que Jerônimo, candidato ao governo, da mesma forma que Raíssa Soares (PL) teve 250 mil a mais do que João Roma (PL). Só ACM Neto seguiu o padrão, mais de R$ 1,4 milhão de votos a mais que Cacá, o senador.

Meia volta 1

O recuo do prefeito de Novo Horizonte, Djalma Anjos (PSD), que apoiou ACM Neto no primeiro turno e agora voltou para Jerônimo, deu uma sacudida nas redes. Dizem que muitos dos que mudaram de lado se arrependeram e estão voltando ao ninho.

Meia volta 2

Igor Kannário (UB), deputado federal que não se reelegeu, bombou ontem nas redes ao demonstrar que não engoliu a derrota: ‘Vocês aí, que estão tentando atrasar meu lado, inventando essas paradas: vão tudo pra casa do caralh*’. Dizem que ele voltou ao normal.

Usando a caneta

Já em Caldeirão Grande o prefeito Candido Filho (PP), o Candinho, é acusado de demitir servidores que não votaram em ACM Neto. Lá Lula ganhou de 79,54% contra 15,47% e Neto de 53,51 contra 44.

Atarde, 05/10/2022

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