Eloi Dematte, o pai que atirou no cunhado após descobrir que ele havia estuprado seu filho mais de 300 vezes, de acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), foi absolvido pelo Tribunal do Júri do estado. À época, o menino – que possui deficiência intelectual – tinha 16 anos.
A absolvição de Dematte acontece 9 anos após o caso, sob o critério de legítima defesa permanente, conforme afirmou o advogado Gustavo da Luz. A medida é aplicada em casos em que a agressão é constante e iminente.
“No caso de Eloi, a violência era permanente, pois seu filho foi abusado por mais de uma década, o que o autorizaria a agir para protegê-lo”, diz a defesa.
A tentativa de homicídio aconteceu em novembro de 2015, em Ascurra, no Vale do Itajaí (SC). Os pais do menor chegaram a ser procurados pela psicóloga do garoto para uma conversa. Isso porque, em uma das sessões a vítima havia narrado, em sessão anterior, que era estuprada pelo tio desde 1997. A violência sexual acontecia, na maioria das vezes, nos finais de semana, quando ele ficava na casa do tio, irmão gêmeo da sua mãe.
Atarde, 29/09/2024