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Republicanos de NY querem que brasileiro eleito renuncie ao cargo

Um grupo de políticos do Partido Republicano de Nova York pediu na quarta-feira (11) ao recém-eleito deputado pelo Estado George Santos que renuncie ao cargo, pois diz que ele mentiu repetidamente sobre sua biografia durante a campanha.

Mesmo com os republicanos em seu distrito, no condado de Nassau, em NY, insistindo para que Santos, que é filho de brasileiros, renuncie, o novo parlamentar rejeitou o pedido e disse a repórteres no Capitólio que não deixará o cargo.

Os republicanos expuseram sua posição em uma entrevista coletiva organizada pela filial do partido no condado de Nassau dois dias depois que um órgão de vigilância apartidário acusou Santos de violar as leis de financiamento de campanha em um processo no Comitê Eleitoral Federal.

“É mentira atrás de mentira atrás de mentira”, disse Joseph Cairo Jr., presidente do partido no condado.

O deputado republicano Anthony D’Esposito, que representa um distrito vizinho, acrescentou: “Eu me uno a você e a meus colegas ao dizer que George Santos não tem capacidade para servir na Câmara dos Deputados e deve renunciar”.

Santos, que representa grande parte do condado de Nassau, a leste da cidade de Nova York, admitiu ter inventado grande parte de seu currículo.

Em publicação no Twitter, ele reiterou os planos de permanecer no cargo.

“Fui eleito para servir ao povo de #NY03, não ao partido e aos políticos. Continuo comprometido em fazer isso e lamento saber que as autoridades locais se recusam a trabalhar com meu gabinete”, escreveu, ao se referir ao distrito congressional que representa.

Os republicanos atualmente têm uma estreita maioria de 222 a 212 na Câmara dos Deputados dos EUA. Santos venceu a disputa de novembro contra o democrata Robert Zimmerman por uma margem de 7,5 pontos percentuais.

Mas sua vitória foi rapidamente ofuscada por reportagens da imprensa que afirmavam que a persona que ele apresentou aos eleitores é em grande parte uma obra de ficção.

Entre outras alegações, Santos disse que tinha diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, apesar de nenhuma das instituições ter registro de sua frequência. Ele alegou ter trabalhado no Goldman Sachs e no Citigroup, o que também não é verdade.

Na terça-feira (10), dois democratas da Câmara encaminharam o assunto ao Comitê de Ética. A promotora local disse que seu escritório está investigando Santos.

 

 

 

 

 

 

R7, 12/01/2023

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