Subiu para 18 o número de mortos no naufrágio de uma embarcação em Belém (PA), após cinco corpos serem encontrados perto do local do acidente na tarde desta sexta-feira (9).
A lancha clandestina levava 70 passageiros. O incidente, que ocorreu na manhã desta quinta (8), na capital do Pará, deixou 18 pessoas mortas e sete desaparecidas.
O governo do estado anunciou, ainda na quinta, que já definiu as estratégias emergenciais para realizar a assistência às vítimas e as investigações para responsabilizar o dono da embarcação.
O governador Helder Barbalho (MDB) afirmou que o dono do barco foi notificado pela Arcon (Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos) e teve a embarcação apreendida. Porém, não respeitou a medida e utilizou a lancha da mãe para realizar a viagem.
Investigação
A Polícia Civil instaurou um inquérito policial para investigar o naufrágio e responsabilizar criminalmente os culpados do acidente.
Além disso, a Marinha do Brasil fará a apuração sobre a embarcação e deve produzir um laudo que será encaminhado ao tribunal marítimo.
Segundo as primeiras apurações, a proprietária da embarcação foi identificada, bem como o filho dela. Marcos de Sousa Oliveira era o responsável pela viagem que transportava os passageiros do Marajó à capital do estado.
A Arcon informou que a empresa dona da embarcação já havia sido notificada. A embarcação foi retirada de circulação pela Marinha por não possuir autorização para realizar o transporte irregular.
Os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também a apreendeu em uma ação de fiscalização. Uma terceira embarcação da mesma empresa, denominada expresso Dona Lourdes II, é que veio a naufragar.
Vítimas
Até o momento, 63 sobreviventes foram resgatados e conduzidos a Belém, onde estão sendo ouvidos para compor o trabalho investigativo.
Foram encontrados 18 corpos. Ainda segundo as primeiras apurações, a embarcação tinha capacidade para 82 pessoas.
O naufrágio
A lancha vinha da ilha do Marajó. A prefeitura de Belém, por meio da Sesma (Secretaria Municipal de Saúde de Belém), afirma que o Samu (Serviço Atendimento Móvel Urgência) esteve na área para auxiliar no resgate das vítimas.
Os sobreviventes foram direcionados para a UBS (Unidade Básica de Saúde) de Cotijuba, para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Icoaraci e para a UBS de Marambaia. Segundo a Arout (Agência Distrital de Outeiro), o barco saiu da ilha do Marajó com destino a Belém, para evitar, provavelmente, a área de fiscalização da agência.
A Arcon-PA (Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará) informou por meio de nota que havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicado à Capitania dos Portos a irregularidade do transporte aquaviário.
Fonte: R7, 09/09/2022