
O terremoto de 4.2 graus na escala Richter ocorrido em Amargosa, a 269 km de Salvador, no último dia 30 de agosto, foi o maior evento sismográfico registrado na Bahia. De acordo com uma análise do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) dos registros da série histórica e do ambiente geológico.
O estudo foi realizado em conjunto com o Instituto de Geociências (Igeo /UFBA), Universidade Estadual de Feira De Santana (UEFS) e Sociedade Brasileira de Geologia (SBG).
A pesquisa mostra ainda que, mesmo sem registro de tremores com magnitudes elevadas e associadas a danos graves, é possível notar que o Recôncavo é uma das regiões propensas a ter terremotos mais ativas do Brasil.
Do total de registros na Bahia, apenas 8 superaram os 4 graus da escala Richter, contudo, nunca ultrapassando os 5 graus. Já a região de Amargosa apresenta 33 registros de terremotos, tendo o primeiro ocorrido em 1899 com uma magnitude estimada em 3,5 graus.
O Pesquisador do Serviço Geológico do Brasil, Valter Sobrinho, explica que não é possível prever quanto esse tipo de fenômeno natural vai acontecer. “Quisemos fazer esse estudo justamente para tranquilizar, em termos de desastres naturais, a gente não pode prever, mas a energia envolvida nos cismos no Brasil, nenhum estudo mostra que deve ter alguma preocupação”, contou.
“Os tremores devem continuar, isso conteve desde a separação do Brasil-Africa. É uma área que tem propensão, mas não tem uma magnitude que cause destruição. Pode acontecer? Pode, mas achamos muito pouco provável”, completou.
Caso em Cachoeira e São Félix
Antes do terremoto em Amargosa, no dia 19 de agosto, o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou que realmente ocorreu um tremor de terra, no Recôncavo Baiano. De acordo com o grupo de pesquisa da instituição, ocorreu um pequeno sismo na região de São Félix.
Ainda conforme o centro, ele aconteceu às 18h51, e teve magnitude de 1.6 mR. O grupo explicou, na época, que tremores pequenos são relativamente comuns no Brasil e podem ocorrer em qualquer lugar. Normalmente, não trazem nenhum perigo, a não ser susto à população.
Fonte: Atarde, (16/09/2020)